IA GENERATIVA: ÉTICA E SEGURANÇA NO AMBIENTE CORPORATIVO

A inteligência artificial generativa (GenAI) deixou de ser uma tendência para se tornar uma realidade presente em diversas áreas do nosso cotidiano – e nas empresas, ela já está impactando profundamente a forma como colaboramos, aprendemos e tomamos decisões. No entanto, o uso indiscriminado dessas tecnologias por parte dos colaboradores, muitas vezes sem políticas claras ou supervisão adequada, tem gerado riscos importantes para as organizações.
1. O uso crescente da GenAI nas empresas
De acordo com a McKinsey, 78% das organizações já utilizam IA em pelo menos uma função de negócios, como marketing, vendas, atendimento ao cliente ou recursos humanos. Ao mesmo tempo, uma pesquisa recente da TELUS Digital revelou que 68% dos colaboradores acessam assistentes de GenAI públicos no trabalho – como ChatGPT, Microsoft Copilot ou Google Gemini – por meio de contas pessoais. E mais alarmante: 57% admitem ter inserido informações confidenciais nesses sistemas.
Esses dados mostram a urgência de refletir sobre a chamada “IA oculta”, quando colaboradores utilizam ferramentas não aprovadas pela empresa, sem o conhecimento da área de TI ou da liderança.
2. O desafio da governança: políticas claras são essenciais
Boa parte do problema está na ausência de diretrizes. A mesma pesquisa da TELUS apontou que 44% dos colaboradores afirmam que suas empresas não possuem políticas claras de uso de IA – ou eles simplesmente não sabem se essas diretrizes existem.
Sem essas orientações, surgem dúvidas, riscos de vazamento de dados, falhas de conformidade e ameaças à segurança da informação.
3. Treinamento: o primeiro escudo contra o mau uso da IA
Segundo o relatório “Voz do CISO 2024”, 74% dos diretores de segurança apontam o erro humano como a principal vulnerabilidade cibernética. Isso reforça a importância de investir em treinamentos contínuos e acessíveis, que ajudem os colaboradores a entender como usar a IA com responsabilidade.
Treinamentos eficazes devem ser:
Interativos e adaptáveis a diferentes estilos de aprendizagem.
Baseados em situações reais (estudos de caso).
Disponíveis em diversos formatos: microlearning, workshops, FAQs, sessões com especialistas, etc.
4. Uma solução estruturada: plataformas seguras de IA para empresas
Além de educação, é essencial que as empresas ofereçam aos seus colaboradores plataformas de IA seguras, com camadas de proteção de dados, conformidade e governança.
Isso evita que as equipes recorram a ferramentas não autorizadas, reduzindo os riscos e mantendo a eficiência.
5. Educação e segurança em todos os níveis
A adoção segura da GenAI não deve ficar restrita às equipes técnicas. Profissionais de RH, T&D, marketing, jurídico, financeiro e todos os demais setores precisam compreender os riscos e boas práticas.
A segurança da IA é uma responsabilidade coletiva. E para isso, é preciso adotar uma abordagem holística, com ações integradas de educação, tecnologia e cultura organizacional.
Conclusão
A GenAI tem um potencial imenso para transformar as rotinas corporativas e impulsionar a inovação. Mas esse potencial só será plenamente realizado se as organizações se comprometerem com o uso ético, seguro e estratégico da tecnologia. Isso exige um plano claro de políticas, treinamento contínuo e plataformas confiáveis. Afinal, no centro de qualquer transformação digital bem-sucedida, estão as pessoas – os colaboradores.
Fonte: https://trainingindustry.com/
Imagem: Freepik
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